quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

NÃO TEMA RÓTULOS E CARIMBOS

O Brasil da era PT chegou a um ponto em que a camada da população que pensa, discerne, avalia, analisa, não tem mais condescendência para com os desmandos, a incompetência, a corrupção, o nepotismo, o favorecimento ideológico, a mentira publicitária, a inversão de valores, a subversão da ordem, entre outros pontos fundamentais da vida institucional do País que foram destruídos.

A camada da população que vive à margem dos fatos, que sobrevive à custa do populismo da esmola oficial, que a mantém na condições de voto certo pela dependência (que imaginam ter) do estado petista para sair da pobreza, somente conseguirá distinguir o quanto isto lhes é prejudicial quando estiver mais instruída, com mais saúde, escola, hospitais. Na propaganda, eles pensam ter tudo isso. Na vida real mantêm-se na condição de pobreza de sempre.

É missão dos que entendem o quanto de nefasto tem sido a ação ideológica do governo federal nos últimos 12 anos assumir posição e buscar meios de fazer entender, quem não o consegue, que é preciso combater, pelo voto, uma situação que arrasta o Brasil cada vez mais para traz, para o conjunto de países medíocres que vivem sob tutela ideológica opressiva por acreditar numa verdade só, a deles.

Sempre disse ao meu leitor, e já lá se vão 32 anos, que o papel do colunista é oferecer subsídios para que o leitor forme sua própria opinião. É oferecer a sua própria ao debate, sem ser dono da verdade, mas buscando caminhos que se coadunem com seu pensamento, dentro da maior transparência possível.

O meu é claro demais. Defendo a liberdade em todos os seus níveis, dentro da ordem, da legalidade e da vigência constitucional. Sou a favor da livre empresa, da liberdade de mercado, de igualdade de oportunidades, da liberdade de expressão, de pensamento, de opinião, de reunião, de manifestação pública de vontades e por aí afora. Sou a favor, porque é a ordem natural da liberdade que o Estado, os governos, estejam a serviço da população e não, como tem sido no País da era pós Lula, que a população esteja a serviço dos interesses do governo em manter-se no poder e beneficiar grupos de interesse.

Por isso tenho manifestado, de forma também clara, e assinando o que escrevo, minha insatisfação com a forma de governar do Partido dos Trabalhadores e seus aliado$ de ocasião.

Todos os seus atos, atitudes, de cunho oficial e de bastidores, conspiram e atentam contra essas liberdades. Buscam apenas e tão somente a satisfação de seus membros mais destacados, manipulam as massas e as chamadas militâncias, em nome de um governo que Lincoln chamou “do povo, pelo povo e para o povo”, e que o PT copiou mas não pratica. Age no sentido inverso, propagando que faz o que o slogan copiado determina.

Buscam apenas e tão somente, a todo e qualquer custo – desde que com dinheiro público e de terceiros – sua manutenção no poder, a imposição de vontade antidemocrática e a vigência de um estado sob censura e população sob cabresto. Cuba inspira, ainda que tenha se tornado um anacrônico estado geriátrico ditatorial.

Alguém já disse – se não me engano, Martin Luther King, que pior que a ação dos maus é a omissão dos bons. No Brasil a omissão dos bons, o silêncio da massa anestesiada, a omissão da mídia interessada mais em verba pública do que na verdade (felizmente há grandes e boas exceções) tem propiciado o crescimento das más intenções dos governantes no poder interessados apenas em lá permanecer.

Vivemos a era do engodo. Eu opino e assino. Assumo o que penso, lastreado pela Constituição Federal. Quem tem o poder nas mãos conspira contra a Constituição, age no escuro, no silêncio quando tem que revelar o que faz, usa a propaganda milionária, inverte a realidade e cria uma fantasia que a população que não discerne acredita. É hora de cada brasileiro que acredita na liberdade, que está vendo seu país ter seus valores e fundamentos deteriorados, fazer valer sua opinião. Não ficar omisso. Defender seus princípios e valores, em todos os locais onde puder ter acesso a pessoas. Escrever aos jornais. Participar de debates.

É lícito, é válido. Não sou dono da verdade. Defendo aquilo em que acredito de forma aberta, transparentes, ingênua, até. Quem é contra as liberdades age nas sombras, nas entrelinhas, na manipulação. Acorda leitor.

Não fique só no desalento. Nem tenha medo de patrulhas ideológicas. Elas sabem que o inibem. E seu silêncio é pior do que o mal que eles fazem.

Não tenha medo de rótulos, de carimbos...

FONTE: Diário do Comércio
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
 Por Paulo Saab

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