quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Para PT, declarações de Paulo Roberto complicam ex-presidente da Petrobras

Perto do fogo Parlamentares petistas acham que as declarações de ontem de Paulo Roberto Costa na CPI da Petrobras complicaram a situação do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. O ex-diretor confirmou ter enviado e-mail à então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, em 2009, sobre irregularidades na obra da refinaria de Abreu e Lima, e disse que Gabrielli foi informado. Os petistas ficaram aliviados que a oposição não tenha explorado a deixa para implicar o ex-presidente da estatal.

Proteção Deputados e senadores dizem que, por ora, Gabrielli está “blindado”, alojado no secretariado de Jaques Wagner (PT) na Bahia.

Tagarela O governo acreditava que Paulo Roberto se manteria em silêncio diante da CPI e se surpreendeu quando ele resolveu falar.

Contenção O Planalto havia orientado o PT a exigir que as perguntas ficassem restritas ao objetivo original da acareação: esclarecer se o ex-diretor Nestor Cerveró havia recebido propina, como disse o delator à Justiça.

Por partes A oposição não quer tirar o foco da corrupção na Petrobras, mas começará a analisar obras da Eletrobras e repasses de bancos públicos, como o BNDES, em busca de irregularidades apontadas por Paulo Roberto.

Tour Na acalorada sessão da CPI da Petrobras, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou a sugerir a prisão de Cerveró, que negava as acusações que lhe eram imputadas. “Isso [negativas] vai parar se ele tirar uns dias na carceragem da PF em Curitiba.”

Na cola Depois da confusão na entrada da sessão do Congresso, 25 agentes da Polícia Legislativa foram colocados na escada que dá acesso ao local para tentar barrar a entrada de pouco mais de 30 manifestantes que protestavam contra a votação da mudança da meta fiscal.

Líderes Os responsáveis por arregimentar a claque que tumultuou a sessão foram Paulinho da Força (SD-SP), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Fernando Francischini (SD-PR).

Direita Entre os impropérios gritados aos governistas, os manifestantes vociferavam: “Vão para Cuba”.

Lupa O PSDB escolheu a equipe que vai auditar as urnas eletrônicas da disputa de outubro. Entre os indicados estão o analista Amilcar Brunazo Filho, que já realizou perícias do tipo, e o escritório Opice Blum, que trabalhou na campanha de Aécio Neves.

Meio de campo O cônsul-geral do Brasil em Barcelona, Sérgio Barbosa Serra, causou constrangimento em evento na cidade ao dizer que a burocracia é um entrave a investimentos estrangeiros. Ele sugeriu que empresários contratassem despachantes.

Aliste-se Gilberto Kassab (PSD) está em Brasília tentando convencer deputados de oposição a migrar para o PL, partido que trabalha para tirar do papel. Aliados estão animados com as perspectivas de inchar a sigla.

Vai que… Vereadores do “centrão” e da oposição da Câmara paulistana articulam a candidatura de Nelo Rodolfo (PMDB) à presidência da Casa. Alguns tucanos já deram sinais de que podem apoiar o peemedebista.

… cola O PT, por sua vez, ainda se empenha em unir a bancada em torno da candidatura de Antonio Donato antes de anunciá-la. Arselino Tatto, rival interno, tem apoio de 3 dos 11 vereadores.

W.O. Se Dilma Pena deixar a presidência da Sabesp, o mais cotado hoje para substituí-la é o diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato. Geraldo Alckmin tem dificuldade de encontrar nomes para comandar a empresa em meio à crise hídrica.

Bis Ex-presidente do PSDB paulista, o deputado estadual Pedro Tobias tentará voltar ao cargo em 2015. No ano passado, ele tentou se reeleger à revelia de Alckmin, mas desistiu na reta final.

TIROTEIO
“O crime de responsabilidade Dilma já cometeu. Com a alteração da meta, ela só quer limpar a cena do crime. Estamos fora.”
DO SENADOR JOSÉ AGRIPINO (DEM-RN), presidente do partido, sobre manobra fiscal criada pelo Planalto para permitir ao governo fechar as contas neste ano.

CONTRAPONTO
Desarmados e ruidosos
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Na sessão de ontem do Congresso para votar a alteração da meta fiscal de 2014, a oposição pressionava o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para liberar a galeria do plenário ao público, contrário à proposta.

Renan resistia a deixar a claque entrar, dizendo que respeitara a cota dos partidos.
–Diz o regimento que qualquer pessoa pode ficar na galeria, desde que desarmada e em silêncio.


Diante da gritaria geral, o peemedebista completou:
–Então, convido os senhores a continuarem em silêncio!


FOLHA

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