domingo, 31 de agosto de 2014

Marina repagina visual com looks improvisados

Campanha presidencial 2014 

31.ago.2014 - De acordo com reportagem do Estado de São Paulo, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, vem sendo lapidada aos poucos após a morte de Eduardo Campos. Ao aceitar ser candidata, Marina topou abrir três exceções às quais tinha dito não na posição de vice: retocou os cabelos brancos, fez a sobrancelha e aceitou incluir uma maquiadora na comitiva. Na imagem à esquerda (do dia 28 de junho), Marina ainda aparece de cabelos brancos e sobrancelha por fazer, além de olheiras visíveis. À direita, Marina aparece diferente durante entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, realizada no dia 27 de agosto
 
Quando o estilista Ricardo Almeida soube da morte de Eduardo Campos, ele fez questão de não cobrar os ternos sob medida encomendados pelo candidato. Eles seriam usados durante a campanha, especialmente nas gravações do horário eleitoral gratuito. Enquanto o guarda-roupa de Campos havia sido bem calculado, o de Marina Silva, alçada de repente a protagonista da campanha à Presidência da República, vem sendo improvisado e lapidado aos poucos.

De pronto, ela topou abrir três exceções às quais tinha dito não na posição de vice: retocou os cabelos brancos, fez a sobrancelha e aceitou incluir uma maquiadora na comitiva. As olheiras, que dão um ar de cansaço, foram atenuadas. Alérgica a maquiagem, ela sucumbiu à base, ao corretivo e ao rímel, dando exclusividade, segundo uma assessora, à marca MAC. O batom, que incha seus lábios, ela substitui por um gloss caseiro que inventou, à base de beterraba e açúcar.

O estilista mineiro Ronaldo Fraga, com quem Marina tem uma relação antiga, ficou de enviar umas peças para a candidata, mas não agora, já que está em Londres.

Assim, nessa largada da corrida presidencial, Marina está vestida de Marina. Um pouco porque ainda não conseguiram montar um novo guarda-roupa com o qual concorde e se sinta à vontade. E outro tanto porque, como ela propõe uma nova política, não seria estratégico se "fantasiar" de executiva como fazem as mulheres da "velha política".

"Marina se manteve fiel ao estilo evangélico e passa a imagem de mulher honesta, que escolhe as roupas de acordo com sua ideologia política e de sua realidade religiosa", avalia João Braga, professor de História da Moda.

"Ela é muito chique!", diz a empresária Alice Ferraz, criadora da rede de blogs de moda F Hits. "É magra, usa roupas acinturadas, pouca maquiagem, está sempre com peças de linho, algodão, renda, além dos maxicolares que transmitem brasilidade. Sua imagem representaria muito bem o Brasil no exterior."

Nas redes sociais, no entanto, a aparência de Marina vem sendo bombardeada pelas guerrilhas online do PT e do PSDB.

Penteado

Em contrapartida, seus correligionários lançaram uma campanha no Facebook com a hashtag CoqueTaNaModa, em que aparecem fotos de jovens imitando o penteado da candidata. Só que a ação, por enquanto, não vingou.

Veja quem os famosos apoiam na eleição para presidente de 2014

A atriz Leandra Leal --que apoiou a criação da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, no ano passado-- gostou do desempenho da candidata do PSB no primeiro debate à Presidência da República. "Marina Silva segura, mandou muito bem na primeira pergunta, chamou para si as manifestações de junho", escreveu no Twitter Divulgação
 
A consultora e editora de Moda Regina Guerreiro, entretanto, acredita que Marina deveria adotar um visual mais "imponente". "Ela precisa de um visual mais imponente. Se não, ela passa a ideia da coitadinha, que usa o xalezinho porque sente friozinho."

Quando Eduardo Campos deu a entrevista no Jornal Nacional, um dia antes de sua morte, ele estava com cara de presidente. Passou a usar o cabelo penteado para trás com gel e, não por acaso, adotou o mesmo estilista que repaginou Lula durante a campanha de 2002.

Na época, os ternos de Ricardo Almeida, as camisas claras com colarinho francês e a barba aparada ajudaram Lula a desfazer a imagem de metalúrgico radical e raivoso.

Dilma também foi repaginada. Fez uma plástica com o cirurgião Renato Vieira em 2008 e deu uma bela modernizada no corte de cabelo desde que virou cliente de Celso Kamura. Permite-se ousar nos tons vivos, como o vermelho de seu partido, o azul royal e o verde bandeira.

Para se afastar do visual de playboy, Aécio Neves deixou o cabelo mais curto e aderiu ao jeans e à camisa branca. "O terno que ele exibiu no último debate era da qualidade dos que ele costumava usar", observa a consultora de moda Bia Paes de Barros. "O tom de cinza claro não favoreceu a sua pele", detalhou. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

FONTE: Uol

sábado, 30 de agosto de 2014

Dilma entende pouco de economia. Perdeu credibilidade.


Agora vejo o motivo pelo qual a presidente Dilma Roussef não conseguiu obter grau de pós-graduação na Unicamp: ela entende pouco de economia. E mesmo de números. Disse no debate de ontem (26/8), na Band, que o Brasil “quebrou três vezes” no governo do PSDB. De onde tirou tal falsidade?

O Brasil estava em moratória desde o final do governo Sarney (será que é a isso que ela se refere quando diz “quebrado”). Desde quando assumi o ministério da Fazenda, no governo Itamar, começamos a refazer a credibilidade do país. Em outubro de 1993 assinamos uma renegociação da dívida externa e voltamos aos mercados internacionais. Fizemos em 1994 o Plano Real, sem apoio do FMI, e erguemos a economia. Começava o período de construção da estabilidade, que durou todo meu primeiro mandato, passando por crises bancárias, Proer, renegociação das dívidas dos estados e municípios etc.

No início do segundo mandato, depois das consequências da crise da Ásia (1997), da crise argentina e toda sorte de dificuldades externas e internas –graças a atos políticos irresponsáveis da oposição e à incompletude do ajuste fiscal – sofremos forte desvalorização cambial em janeiro de 1999, apesar de havermos assinado em 1998 um acordo de empréstimo com o FMI (será que é isso que a Presidente chama de “quebrar o país?). A inflação não voltou, apesar das apostas em contrário, e antes do fim do primeiro semestre de 1999 já havíamos recuperado condições de crescimento, tanto assim que em 2000 o PIB cresceu 4,7%.

Nova dificuldade financeira, a despeito das restrições na geração de energia, só ressurgiu no segundo semestre de 2002. Por que? Devido ao “efeito Lula”: os mercados financeiros mundiais e locais temiam que a pregação do PT fosse para valer. Sentimos o efeito inflacionário (os 12% a que a Presidente sempre se refere, que devem ser postos à conta do PT). Aí sim, recorremos ao FMI, mas com anuência expressa de Lula e para permitir que seu governo reagisse em 2003, como fez. Do empréstimo, 20% seriam para usar no resto de meu mandato e 80% no de Lula… Não houve interrupção do fluxo financeiro internacional, nem quebradeira alguma.

É mentira, portanto, que o governo do PSDB tenha quebrado o Brasil três vezes. Por essas e outras, o governo Dilma Roussef perdeu credibilidade: em vez de informar, faz propaganda falsa.


NOTA:

Não estou fazendo propaganda para o PSDB de FHC, mas dá um prazer danado ver alguém desmoralizando esta tirana. O bom mesmo é ver que o "bicho está pegando".

Datafolha traz Dilma e Marina consolidadas

Polarizou

BRASÍLIA - O dado mais relevante da pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29 de agosto é a consolidação, neste momento, de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) como as primeiras colocadas na disputa presidencial. Elas estão empatadas com 34% de intenções de voto cada uma.

Nunca nas eleições diretas para presidente da República pós-ditadura militar, nesta fase da campanha, os dois protagonistas isolados foram de partidos cujas origens estão na esquerda do espectro político.

A eleição é em 5 de outubro. Restam pouco mais de 30 dias para uma reversão do quadro. Se isso não ocorrer, pela primeira vez o Brasil não terá um legítimo representante do centro ou da direita entre os dois finalistas na disputa presidencial.

Aécio Neves (PSDB) e seus 15% de intenção de voto empurram os tucanos para fora do protagonismo do debate político nacional depois de mais de duas décadas. Essa tendência foi vista logo depois da morte de Eduardo Campos, na pesquisa realizada pelo Datafolha nos últimos dias 14 e 15. No início desta semana, o Ibope mostrou a onda pró-Marina. Agora, o Datafolha confirma o que pode ser a cristalização do quadro.

Não é incomum haver viradas de última hora em eleições. É sabido também que os eleitores tendem a prestar mais atenção nos comerciais apenas na primeira semana do horário eleitoral (que já passou) e nos últimos cinco ou dez dias.

A janela de oportunidade para Aécio será, portanto, no final de setembro. É impossível saber com precisão quais são as chances do tucano. Ou quais vulnerabilidades novas Dilma e Marina poderão apresentar.

Hoje, o fato indisputável é que se instalou uma nova polarização na política brasileira. O PT, quem diria, virou o velho. Marina e o PSB sequestraram para si o vago conceito de "nova política". Espremido, o PSDB parece perdido e não sabe como se encaixar nesse cenário.



Fonte: Datafolha traz Dilma e Marina consolidadas
Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de 'Economia' (hoje 'Mercado'), correspondente e em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006). Escreve quartas e sábados.
fernando.rodrigues@grupofolha.com.br 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Petistas já temem vitória de Marina no primeiro turno


Após a divulgação da pesquisa Datafolha, integrantes do comando petista reconheceram, nesta sexta-feira (29/08), o medo da vitória de Marina Silva (PSB) ainda no primeiro turno. 
Os petistas temem a migração de votos hoje destinados ao tucano Aécio Neves para Marina. Nesse caso, os eleitores contrários à reeleição de Dilma Rousseff praticariam o chamado voto útil ao trocar Aécio por Marina.

A pesquisa Datafolha finalizada nesta sexta (29) mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB) numericamente empatadas na simulação de primeiro turno da eleição presidencial. Cada uma tem 34% das intenções de voto. 

No teste de segundo turno, Marina seria eleita presidente da República com dez pontos de vantagem em relação à rival: 50% a 40%. 

Os dados mostram fortalecimento da candidatura Marina. Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, ela apresenta melhor desempenho nas simulações de primeiro e de segundo turno -a pesquisa antecedente foi feita imediatamente após a morte de Eduardo Campos, o candidato que encabeçava a chapa do PSB. 

No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos, Marina cresceu 13 pontos no teste de primeiro turno. Dilma oscilou 2 para baixo.

Marina empata com Dilma na corrida presidencial, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha finalizada nesta sexta (29) mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB)
numericamente empatadas na simulação de primeiro turno da eleição presidencial. Cada uma tem 34% das intenções de voto.

No teste de segundo turno, Marina seria eleita presidente da República com dez pontos de vantagem em relação à rival: 50% a 40%.

Os dados mostram fortalecimento da candidatura Marina. Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, ela apresenta melhor desempenho nas simulações de primeiro e de segundo turno –a pesquisa antecedente foi feita imediatamente após a morte de Eduardo Campos, o candidato que encabeçava a chapa do PSB.

No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos, Marina cresceu 13 pontos no teste de primeiro turno. Dilma oscilou 2 para baixo.

No embate final contra a petista, onde antes havia empate técnico no limite máximo da margem de erro, Marina foi de 47% para 50%, enquanto Dilma recuou de 43% para 40%.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, caiu de 20% para 15% na simulação de primeiro turno. Num confronto final contra Dilma, ele perderia por 48% a 40%.

Juntos, todos os outros candidatos à Presidência somam 3%. Eleitores que pretendem votar nulo ou em branco totalizam 7%. Outros 7% estão indecisos.

O Datafolha também investigou as taxas de aprovação e reprovação do governo Dilma. Eleitorem que julgam a administração boa ou ótima são 35% ante 38% na pesquisa anterior. A avaliação negativa (ruim ou péssimo) subiu de 23% para 26%. A taxa de regular oscilou de 38% para 39%.

O instituto ouviu 2.874 eleitores em 178 municípios nesta sexta e na quinta (28). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Significa que em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.
Fonte: Uol

Entrevista de Marina Silva no JN

Marina Silva em entrevista para a GloboNews

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina critica polarização e diz que vai responder sobre jato de Campos no 'JN'


A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, criticou nesta quarta-feira (27) a polarização dos últimos 20 entre PT e PSDB. A ex-senadora afirmou que os dois partidos perderam a "capacidade de se escutar e de escutar a sociedade brasileira". De acordo com a candidata, as pessoas estão "ávidas por distensionar o país".

Questionada ao desembarcar no aeroporto Santos Dumont, no Rio, se poderia adiantar a resposta que pretende dar em rede nacional sobre o avião da campanha do PSB que caiu e levou à morte do presidenciável Eduardo Campos e de outras seis pessoas, Marina limitou-se a dizer que "na hora em que ele [William Bonner, apresentador do JN] me perguntar eu darei a resposta".


De acordo com reportagem do "JN", exibida nesta terça-feira (26), o avião usado por Campos foi pago por meio de empresas fantasmas. O "JN" mostrou que, entre as empresas, estão a peixaria Geovane Pescados, a RM Construtora -que funciona numa casa no Recife (PE)- e a Câmara & Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia.

Marina chegou ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, no final da manhã. À noite, ela participa de entrevista na bancada do "Jornal Nacional", da TV Globo. Marina e sua equipe de campanha chegaram ao Rio de São Paulo em um voo de carreira.

A candidata não tem agendas durante a tarde e irá se preparar para a entrevista na bancada do "JN" em um hotel na cidade, cujo nome não foi divulgado por sua assessoria de imprensa. 

PESQUISA E DEBATE

Questionada sobre o resultado da última pesquisa do Ibope, que a colocou em primeiro lugar num eventual segundo turno, e também sobre a avaliação que fez sobre seu desempenho no debate de terça, na TV Bandeirantes, Marina evitou fazer comentários pontuais e preferiu usar suas respostas para reafirmar convicções de campanha.

Disse que o retorno que teve sobre o debate foi que as pessoas que assistiram gostaram do que ela chamou de coerência de dizer que sua candidatura não quer o embate e sim "discutir o Brasil e uni-lo em torno de ideias". Sobre a pesquisa, afirmou que pretende manter a trajetória de crescimento nas intenções de voto "tratando com muito respeito os cidadãos e cidadãs brasileiras".

Segundo Marina, a sociedade não está disposta a romper com todas as referências de governos passados e começar tudo do zero. Em sua avaliação, o desejo geral é que o que foi feito de bom em mandatos passados seja preservado e ampliado.

"Infelizmente, nos últimos 20 anos essa polarização fez com que eles [PT e PSDB] perdessem a capacidade de se escutar e escutar a sociedade brasileira. A sociedade não está mais na frequência de negar tudo e começar do zero. As pessoas querem que os acúmulos sejam preservados para que eles possam ser ampliados", disse a jornalistas na saída do aeroporto.

A candidata voltou a afirmar que, se eleita, vai buscar nos quadros de outros partidos nomes que estão "no banco de reservas" para compor seu governo, sem, contudo, citar nomes. Ela prometeu governar com os melhores e disse que pessoas boas podem sem encontradas em todos os partidos, nas empresas, no chamado empreendedorismo social e na juventude.

Marina disse ainda que o Brasil terá uma agenda que não poderá ser mudada com as futuras trocas de governo. A candidata comparou o momento do Brasil deste século com o dos Estados Unidos do século passado, uma potência emergente que tem "vantagens comparativas" em relação aos países desenvolvidos.

"O Brasil está para o século vinte um assim como os Estados Unidos estiveram para o século vinte: um país jovem competindo com países de cultura milenar que soube usar para os padrões do século vinte as vantagens 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

‘Nós queremos o debate, não o embate’, diz Marina



Marina Silva, candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, realizou neste sábado (23) seu primeiro ato público de campanha após a oficialização de sua candidatura com uma grande caminhada no bairro Casa Amarela, zona norte da do Recife. Acompanhada por seu candidato a vice, Beto Albuquerque, e pelo candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, visitou a capital pernambucana em homenagem a Eduardo Campos e foi recebida calorosamente pela população.


Marina caminhou pelas ruas do bairro por cerca de uma hora e meia, sempre aclamada pelos moradores que entoavam músicas de apoio e gritos de guerra, com os quais relembravam de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13. Marina e Beto tiraram fotos e conversaram com moradores, escutaram suas demandas e seguiram até o ponto final do trajeto, em um centro comercial bastante popular no bairro.

Em discurso para a população local, os candidatos reafirmaram os compromissos da coligação com o Estado de Pernambuco, com o Nordeste e com o Brasil. Marina defendeu a importância de o eleitor brasileiro fazer uma nova escolha política e reiterou que há alternativas para melhorar o país. “A reforma política começa agora. Vamos dar um basta na lógica de que quem decide o futuro do Brasil são as velhas estruturas”, disse. “Quem vai ganhar esta eleição é a nova postura do cidadão brasileiro.”

“A renovação da política no Brasil não será obra apenas dos partidos, mas principalmente  da sociedade brasileira”, declarou.  O importante, disse, é apresentar propostas e debatê-las: “Nós queremos o debate, não o embate”.

A candidata reafirmou as bases que sustentam sua plataforma de governo, construída de forma colaborativa com a participação dos eleitores e de especialistas em todos os temas de relevância para a sociedade.  “Vamos governar em cima do programa que trabalhamos com seis mil pessoas em diversas plataformas na internet, em seminários regionais e temáticos, para discutir infraestrutura, saúde, educação, para discutir como nossa agricultura pode ser vigorosa, aumentando a produção. Este é o sonho de todos aqueles que querem ver o Brasil crescer com justiça social e respeito”, disse Marina, para um público estimado em mais de 5 mil pessoas.

Para a candidata, é importante manter as políticas sociais que ajudam a construir o presente e o futuro do País e, ao mesmo tempo, investir em mais igualdade de oportunidades. “Precisamos ter inclusão produtiva, investindo em educação, para que jovens tenham formação técnica e os empreendedores de comunidades locais tenham apoio ao pequeno negócio”, completou.

Ouça o discurso de Marina: http://bit.ly/1tEvCsb

Ouça a entrevista de Marina: http://bit.ly/1t2GNy7

‘Lava Jato’ dedica atenção especial ao Maranhão


  • As investigações da Operação Lava Jato dedicam capítulo especial ao Maranhão, onde há 5 meses foi preso o megadoleiro Alberto Youssef. O monitoramento dos suspeitos permitiu verificar que outro doleiro, Carlos Habib Chater, ao ser preso na Lava Jato, empenhava-se em “internalizar” (trazer do exterior, no jargão do submundo) US$ 5 milhões (R$ 11 milhões) para uma campanha eleitoral majoritária, no Estado.

  • O destinatário dos US$ 5 milhões, cujo nome é mantido sob sigilo, só será investigado após o Supremo autorizar: é membro do Congresso.

  • A ex-contadora Meire Poza acusou Youssef de pagar propinas a autoridades do governo de Roseana Sarney, e de receber comissões.

  • Investiga-se também o esquema para o pagamento de precatórios à Constran UTC Engenharia, também revelado pela ex-contadora.

  • Roseana Sarney afirmou que cumpria ordem da Justiça local, ao pagar precatórios à Constran, mas o Tribunal de Justiça negou prontamente.

  • A evolução patrimonial dos candidatos ao Senado, no Distrito Federal, revela que das contas pessoais eles cuidam muito bem: Gim Argello (PTB), candidato à reeleição, tinha R$ 805 mil em 2006 (quando sua chapa venceu a eleição) e oito anos depois pulou para R$ 4,5 milhões. Dos R$ 2,3 milhões em 2010, Geraldo Magela (PT) acumula hoje R$ 3,8 milhões. Reguffe (PDT), foi de R$ 1,8 milhão para R$ 2,8 milhões.

  • Candidata a suplente de senador, Weslian Roriz, mulher de Joaquim Roriz, declara patrimônio de R$ 660 mil. Em 2010, eram R$ 5,2 milhões.

  • José Maria Eymael (PSDC) é o mais rico dos candidatos a presidente: sua fortuna de R$5,13 milhões. Todos os rivais somam R$5,9 milhões.

  • Marina Silva declarou ter bens que somavam R$ 149 mil em 2010. Este ano seu patrimônio encolheu para R$ 135 mil.

  • O presidente do Atlético, Alexandre Kalil (PSB), desistiu da candidatura a deputado federal e confessou a amigos que não acredita no apoio de parte do seu partido ao candidato ao governo pelo PSDB, Pimenta da Veiga. Acha que o projeto tucano não será vitorioso.

  • O candidato oficial do PSB ao governo de Minas Gerais, Tarcisio Delgado, é conhecido por sua aversão a Aécio Neves (PSDB). Ele não esconde sua preferência pela reeleição da presidenta Dilma.

  • Artigo de Antônio Santos sobre “mediação”, na revista Direito & Justiça, faz rir. O chefe da confederação do comércio (CNC), propõe desafogar o Judiciário, por meio de vias alternativas de solução de controvérsias, mas protagoniza, só no TJ-RJ, mais de 100 casos contra opositores.

  • O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho será mais uma defecção importante no PSB: ele deve romper com o próprio partido para não apoiar Marina Silva e anunciará voto em Dilma Rousseff.

  • Não durou 24h o blefe do PSL de não apoiar Marina Silva (PSB). Sem espaço na coligação e sem votos, elegendo poucos candidatos a cada pleito, o PSL percebeu que tem muito mais a lucrar ao lado de Marina.

  • O ministro Ricardo Lewandowski vai hoje ao Congresso Internacional de Direito Penal, em São Paulo, organizado pelo diretor da Faculdade de Direito da Mackenzie, José Francisco Siqueira Neto. O alemão Claus Roxin receberá o título de Doctor Scientiae et Honoris Causa.

  • Já tem gente no PT defendendo que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) comece a conversar com próceres tucanos, para atrair apoio no caso de Aécio Neves não chegar ao segundo turno.

  • Acusado de lentidão para demitir auxiliares, o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), demitiu dois em um dia: o secretario de saúde, Elias Miziara, que culpou os pacientes pela falta de médicos, e o administrador de Planaltina, acusado de irregularidades.
     
  • Contraditório, Lula teme a força eleitoral de Marina Silva, mas diz a aliados que ela cairá nas pesquisas na medida em que da comoção pela morte de Eduardo Campos ficar para trás.

Delação premiada preocupa e Dilma exalta Petrobras

Presidenta disse que a Petrobras está acima de crimes e malfeitos
Site Dilma Rousseff - Dilma Rousseff copy

Brasília - Após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa decidir fazer delação premiada, a candidata à reeleição Dilma Rousseff disse neste domingo, 24, que “não se pode confundir as pessoas com as instituições” e que a estatal está acima de eventuais desvios de conduta cometidos por seus integrantes.

“A Petrobras é muito maior que qualquer agente dela, seja diretor ou não, que cometa equívocos, crimes -ou, se for julgado, que se mostre que foi condenado. Isso não significa uma condenação da empresa. Não se pode confundir as pessoas com as instituições”, disse Dilma, que convocou uma coletiva de imprensa na manhã de ontem no Palácio da Alvorada.


“O Brasil e nós todos temos de aprender que se pessoas cometeram erros, mal-feitos, crimes, atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isso. Inclusive, nas instituições – qualquer uma – e nas empresas – inclusive nas que vocês trabalham -, pode ocorrer isso”, prosseguiu a petista, dirigindo-se aos repórteres.


A Polícia Federal deflagrou na semana passada a quinta fase da operação Lava Jato, vasculhando endereços de 13 empresas de consultoria, gestão e assessoria, ligadas a uma filha, a um genro e a um amigo do ex-diretor da Petrobras. A Procuradoria da República apontou “vertiginoso acréscimo patrimonial” dessas empresas na época em que Costa foi diretor da Petrobrás.


A Lava Jato investiga suspeitas de existência de um suposto esquema de lavagem de bilhões de reais. “Não existe nenhuma instituição acima de qualquer suspeita quando se trata dos seus integrantes. Porque os homens e as mulheres é que falham, não são as instituições necessariamente”, comentou Dilma. “A Petrobras está acima disso. Eu não tenho o que comentar sobre a decisão de uma pessoa presa fazer ou não delação premiada, isso não é objeto do interesse da Presidência da Republica.”


Getúlio
Ontem, dia que marcou os 60 anos da morte de Getúlio Vargas (1882-1954), a presidente almoçou no Palácio da Alvorada com o escritor e jornalista Lira Neto, autor de uma série biográfica sobre o ex-presidente. A única atividade de campanha foi a coletiva de imprensa.


“Estou no fim do terceiro livro sobre o Getúlio e considero essa trilogia magistral, porque é extremamente bem escrita, mas também pela pesquisa que realizou, pesquisa que a gente vê detalhada, foi nos anais do Congresso, levantamento de fontes primárias”, disse Dilma, destacando que um país é feito da sua “história, memórias e suas lideranças políticas”.


“Acredito que se nós não entendermos a história do nosso país não entenderemos a construção da nação brasileira. Esse livro do Lira Neto é importantíssimo”, comentou.


Dilma encerrou a coletiva de imprensa prometendo chamar os repórteres que cobrem a Presidência da República para comer macarrão. No horário eleitoral, a candidata apareceu colocando macarrão em uma travessa, em um esforço da campanha para humanizá-la e aproximá-la da realidade dos eleitores. “Vocês vão gostar, eu chamo (para comer macarrão) e aceito críticas”, disse, bem-humorada. (Rafael Moraes Moura/Agência Estado)

DIÁRIO DO PODER

domingo, 24 de agosto de 2014

Tiririca esquenta o balde de água fria do horário eleitoral

A semana marcou o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, quase sempre um balde de água fria para o eleitor. Por coincidência, o desafio do balde de gelo virou uma onda na internet com a adesão de personalidades. Políticos como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) aproveitaram a ocasião e já aderiram à campanha. 

As eleições apresentam, mais uma vez, candidatos e propagandas inusitadas. Em busca de outro mandato, o deputado federal Tiririca (PR-SP) chamou a atenção. Ele tomou conta do horário de seu partido na TV e levou ao ar uma paródia de Roberto Carlos, o que deve lhe render um processo do cantor. 

Em Alagoas, o senador Fernando Collor (PTB) afirmou na propaganda eleitoral que foi vítima de um golpe parlamentar quando sofreu o impeachment em 1992. 

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, foi entrevistada no Jornal Nacional, da TV Globo. Questionada e interrompida várias vezes pelo jornalista Willian Bonner, ela evitou opinar sobre o processo do mensalão. As participações de Bonner nas entrevistas com os presidenciáveis renderam críticas e brincadeiras, como a de que ele pretende lançar sua candidatura. 

O PSB oficializou Marina Silva como candidata a presidente. A decisão já provocou um atrito no partido. Carlos Siqueira deixou a coordenação da campanha do partido e criticou a ex-senadora, dizendo que ela quer mandar na legenda. 

Pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (18) mostrou Marina com 21% das intenções de voto, contra 20% do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Diante da preocupação dos aliados com o potencial eleitoral da ex-senadora, o tucano pediu a eles que mantenham a calma. 

Em campanha em São Paulo, o candidato não perdeu a chance de pousar para fotos comendo coxinhas. 

Na disputa pelo governo paulista, o empresário Paulo Skaf, candidato pelo PMDB e dono de seis cachorros, afirmou no horário eleitoral gratuito que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição, administra o Estado sem garra e sem tesão. 

E a semana também teve "Bate-Rebate Eleitoral", promovido pelo UOL Eleições.

No debate inusitado, o ator pornô Kid Bengala, candidato a deputado estadual em São Paulo, fez uma proposta picante para a funkeira Mulher Pera, candidata a deputada federal pelo Estado. 

Fonte: UOL

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PSB escolhe Luiza Erundina para coordenar campanha de Marina Silva

Ex-prefeita de São Paulo foi 'designada' para o cargo, diz nota do partido.

O PSB informou na noite desta quinta-feira (21) que a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina será a coordenadora-geral da campanha de Marina Silva à Presidência da República. Erundina assume a vaga  no lugar de Carlos Siqueira, então coordenador da campanha de Eduardo Campos, que deixou o cargo após divergências com a nova candidata do partido à Presidência.

Conforme explicou a assessoria do PSB, Erundina atuará em conjunto com o deputado licenciado Walter Feldman (SP), homem de confiança de Marina e que articulou a criação da Rede Sustentabilidade e será o coordenador-geral adjunto da campanha.

Entre as trocas na coordenação da campanha de Marina à Presidência, Bazileu Margarido, então coordenador-geral adjunto, passou a assumir o comitê financeiro. Segundo assessores da ex-senadora, Marina Silva optou por colocar no cargo alguém que fosse de sua confiança.

Nesta quinta, um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina, Carlos Siqueira anunciou seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina:
"Ela que vá mandar na Rede dela", disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a  Rede Sustentabilidade. Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".
  
Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.
"Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós", disse Siqueira.

Após a saída de Siqueira, o PSB chegou a sondar Milton Coelho, também homem de confiança de Campos, para tocar a campanha, mas ele recusou. Em Porto Alegre, o próprio candidato a vice, Beto Albuquerque, se prontificou para a assumir interinamente a coordenação.
Leia abaixo íntegra da nota do PSB:
Comunicado Oficial

O Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro, Roberto Amaral, designou a deputada Luiza Erundina (SP) para coordenar a campanha da Coligação "Unidos Pelo Brasil". Luiza Erundina substitui Carlos Siqueira na coordenação geral da campanha.

MP pede apuração no tesouro e no BC sobre pedaladas

Procurador quer que TCU investigue principalmente o adiamento de repasses do governo à Caixa para pagamento de benefícios.

BRASÍLIA - O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ontem uma investigação do órgão no Banco Central e Tesouro Nacional para apurar as chamadas "pedaladas fiscais" nos repasses do governo aos bancos responsáveis pelos pagamentos de benefícios sociais e previdenciários.

As "pedaladas" são os atrasos do Tesouro na transferência de recursos aos bancos, que, por lei ou contrato, continuam pagando em dia os beneficiários. O Ministério Público vê possível "maquiagem" no cálculo das contas públicas federais.

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do MP junto ao TCU, apresentou uma representação solicitando ao tribunal uma inspeção no Banco Central e no Tesouro para identificar todos os valores e  MP pede apuração no Tesouro e no BC sobre 'pedaladas'

Ao atrasar os repasses, o Tesouro estaria elevando o endividamento público e, com isso, o Banco Central, que apura o resultado fiscal, poderia inserir na conta esses descompassos no sistema.

Se for confirmado que essas antecipações configuram empréstimos dos bancos à União, relatou o procurador na representação aberta ontem, será preciso identificar os responsáveis para prestar esclarecimentos e serem punidos, em caso de condenação.

No entendimento do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal, como a Caixa Econômica Federal, e o Tesouro é vedada pelo artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Antecipação de receita. O procurador também apontou que as "pedaladas" podem ser enquadradas como "antecipação de receitas orçamentárias", o que, segundo o artigo 38 da LRF, é "proibido no último ano de mandato do presidente, governador ou prefeito municipal".

Na representação, o Ministério Público junto ao TCU aponta as razões do Tesouro para efetuar as "pedaladas" nas contas fiscais. "Ao que parece, o objetivo de colocar em prática referido procedimento seria melhorar o resultado primário do governo federal, tornando-o mais superavitário ou menos deficitário", escreve o procurador do MP .

"Ao que parece, o Banco Central, por intermédio de seu Departamento Econômico, não está, no momento em que apura o resultado fiscal do setor público, registrando os passivos, ou registrando adequadamente as variações no saldo das obrigações do Tesouro junto aos bancos", diz o MP.

Conta não registrada. O procurador do MP junto ao TCU cita também o "caso dos R$ 4 bilhões", encontrados pelo Banco Central em uma conta em separado de um banco privado nacional em maio. O artifício, revelado pelo Estado, auxiliou as contas públicas. O dinheiro, referente a um crédito da União carregado pelo banco privado nacional, foi incorporado pelo Banco Central nas contas, o que reduziu o déficit primário de maio de R$ 15 bilhões para R$ 11 bilhões.

Procurada, a Caixa afirmou que o atraso do Tesouro "não se trata de financiamento nem de descumprimento de legislação”.


FONTE: Estadão

Cuba leiloa com EUA e Rússia porto erguido pelo Brasil

Uma nova Guerra Fria, em novo contexto. É o que se depreende do episódio.

O governo do Brasil fez papel de bobo no Caribe, com o ‘aliado’ governo cubano. Bancou, via BNDES, e inclusive com R$ 240 milhões a fundo perdido, a construção do Porto de Mariel, com a esperada reabertura comercial e fim do embargo americano ao País de Fidel.

Mas quem vai faturar bonito são Estados Unidos e Rússia. Depois de os EUA fazerem oferta pela operação da área, agora foi o presidente russo, Vladimir Putin, quem avisou a Raúl Castro que pretende a área. Para isso, Putin perdoou dívida de US$ 35 bilhões dos cubanos. A revelação é do jornalista Marcelo Rech, de Brasília, editor do site InfoRel

As negociações para o perdão da dívida duraram 20 anos. Putin ainda avisou aos Castro que vai reinvestir em US$ 2,6 bilhões em Cuba – principalmente direcionados a Mariel. Putin correu para Cuba um mês depois de os americanos fazerem a oferta de operação do porto. Recomeçou, assim, uma nova ‘guerra fria’ entre EUA e Rússia.

CADÊ?
A presidente Dilma investe no discurso de que mais de 300 empresas brasileiras vão ser beneficiadas com o porto de Mariel, mas não há lista e ninguém sabe quais são.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Foster pode cair após tentar esconder patrimônio

  • A revelação de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, transferiu imóveis para familiares, tão logo que estourou o escândalo da compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA, pode determinar sua demissão. Ontem a presidenta Dilma foi informada das implicações jurídicas. A advogada Gabriela Diniz França Costa, especialista ouvida pela coluna, acha que se for caracterizada má fé, a transferência pode ser anulada e Foster pode responder por improbidade e fraude.

  • Em nota, a Petrobras negou má fé: meses antes Graça Foster já tratava da transferência. O problema, então, é que não a suspendeu.

  • Consultores e lobistas pressionaram ontem sites de notícias a omitir ou a minimizar notícias sobre a transferência de bens de Graça Foster.

  • Ao defender Graça Foster no TCU, Luiz Adams (AGU) alegou que o bloqueio dos seus bens determinaria sua demissão da estatal.

  • Principais líderes de oposição procurados por esta coluna tiraram o corpo fora no caso Foster. Só Rubens Bueno (PPS) comentou o caso.

  • Até julho deste ano, a conta dos cartões corporativos do governo Dilma Rousseff atingiu os R$ 34,5 milhões. Entre junho e julho a conta subiu cerca de R$ 6 milhões. A Presidência da República ultrapassou os R$ 12 milhões na conta dos cartões corporativos. Mais de R$ 11 milhões destes gastos são escondidos sob a alegação de “sigilo”. O Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, já usou quase R$ 8 milhões.

  • Apenas a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou R$ 6,2 milhões com cartões corporativos. Mais que qualquer ministério.

  • O Ministério do Esporte e o Ministério do Desenvolvimento Social, juntos, gastaram apenas R$ 1,7 mil.

  • O gabinete da Vice-Presidência da República gastou R$ 308 mil com cartões corporativos, mas nada de detalhes. Tudo “sigiloso”.

  • Completam-se dez dias, hoje, que o presidente da CPI chapa branca da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), prometeu “investigar com rigor” a combinação de perguntas e respostas de depoentes.

  • O Conselho de Ética aprovou a cassação de André Vargas (ex-PT-PR), amigo do doleiro Alberto Youssef. Mesmo assim deve ficar – talvez – para a segunda metade de outubro a votação da cassação no Plenário.

  • Aposentado aos 59 anos com R$ 29 mil por mês, o agora ministro de pijama Joaquim Barbosa pretende usar o twitter como “ferrinho de dentista” do maior desafeto e sucessor no STF, Ricardo Lewandowski.

  • Sozinha, Edineia do Nascimento, funcionária do IBGE do Amazonas, órgão do Ministério do Planejamento, sacou “em cash” R$ 54 mil até julho deste ano no cartão corporativo do governo.

  • A urna eletrônica completa maioridade, mas sobram dúvidas sobre sua paternidade. Sua origem data de 1989: Carlos Prudêncio, juiz da 5ª Seção de Santa Catarina, criou uma primeira versão e a utilizou num plebiscito de Brusque. Mas o sistema só seria implantado em 1996.

  • Em 21 de agosto, há 74 anos, era assassinado em Coyoacán, na Cidade do México, Leon Trótski, intelectual marxista e um dos principais líderes da Revolução Russa de 1917.

  • O paraibano Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso, contou a um brasiliense, que conheceu no BarraShopping, Rio, que em Brasília morou na 414 Sul, na 114 Sul e depois na 104 Sul, quadra reservada, na época, a servidores do Planalto. Seu pai era piloto da Presidência.

  • A Scotland Yard divulgou ontem que pode ser crime enquadrado na legislação antiterrorismo do Reino Unido o ato de baixar, compartilhar e até ver o vídeo onde o jornalista americano James Foley é decapitado.

  • Se alguém despertar do coma e sintonizar o guia eleitoral na TV, vai achar que Eduardo Campos está vivo e é candidato único a presidente.

    Fonte: Diário do Poder

Marina Silva é confirmada como candidata à Presidência pelo PSB


Deputado Beto Albuquerque foi anuciado como vice da chapa

Marina Silva foi confirmada como candidata à Presidência pelo PSB no lugar de Eduardo Campos, morto há uma semana em um acidente de avião em Santos. O deputado gaúcho Beto Albuquerque será o vice da chapa. O anúncio foi recebido com gritos de militantes e lideranças do partido, que entoaram "Eduardo presente, Marina presidente!" no diretório do partido, em Brasília.
 

O nome de Marina foi confirmado pelo presidente do partido, Roberto Amaral, depois de três horas de reunião, sem a presença da candidata. Ela chegou à sede do PSB por volta das19h50min, apenas para o anúncio de sua candidatura, e deixou o local cinco minutos depois das 20h.

Apesar da indicação oficial do PSB, a formalização da candidatura só ocorrerá depois de uma reunião com os demais partidos da coligação para homologar a chapa — prevista para ocorrer na manhã de quinta-feira — e do registro dos nomes na Justiça Eleitoral. Todo o processo deve ser realizado nesta quinta.

Escolhido para ser o vice na chapa de Marina Silva na disputa pela presidência, o deputado Beto Albuquerque foi o primeiro a falar. Ele garantiu que a nova dobradinha do PSB seguirá o plano de governo e as ideias defendidas por Eduardo Campos.

— Eduardo sempre dizia “nunca podemos deixar nada pela metade”. Estamos aqui para não deixar as coisas pela metade. Estamos aqui para levar o legado de Eduardo adiante, para realizar as mudanças que o Brasil deseja e impõe — disse o candidato.

 
O gaúcho ainda lembrou que teve duas grandes perdas na vida, o filho Pietro, vítima de leucemia, e Eduardo Campos. E que transformou a derrota em perder o filho para a doença em uma vitória para o país, por meio da Lei Pietro, que estabeleceu a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro, com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

— Queremos aposentadoria às velhas raposas da política brasileira — lembrou Beto, em alusão à conhecida frase de Campos.

Bastante emocionada, Marina teve de interromper a leitura de seu discurso duas vezes para conter o choro. 

_ Exalto a todos para que saiamos do trauma da tragédia, para nos entendermos. Devemos isso ao Eduardo e ao povo brasileiro. Não vamos desistir do Brasil — afirmou a candidata.


Sobre a convivência intensa com Campos durante o período de campanha eleitoral, Marina afirmou que a união dos dois não era “para dividir um palanque, mas para compartilhar um legado”.

— A despedida de Eduardo foi a afirmação da dignidade na política e devemos partilhá-la — disse Marina, antes de se dirigir para uma entrevista coletiva com jornalistas.