terça-feira, 30 de setembro de 2014

O grande dilema de Aécio e Marina

Publicado em 30/09/2014
Aécio e Marina precisam estar juntos no segundo turno, independente de quem chegue lá. Os dois não podem inviabilizar uma aliança para poder derrotar o inimigo comum: o PT.

Marina Silva acusa Dilma de mentir sobre ‘roubo’



Em encontro com apoiadores e representantes dos partidos de sua microcoligação, Marina Silva subiu o tom. Acusada por Dilma Rousseff de mentir, ela se disse “indignada”. E devolveu: “Não me venha chamar de mentirosa! Mentira é quem diz que não sabe que tinha roubo na Petrobras. Mentira é quem diz que não sabe o que está acontecendo na corrupção desse país. Mentira é quem diz que ia fazer 6.000 creches e faz apenas 400.”

Marina reuniu-se com seus aliados em São Paulo. Num discurso inflamado, transmitido ao vivo pela internet, ela insinuou que membros do comitê de Dilma perscrutam sua vida. Estimulou-os a prosseguir: “Fiquei sabendo que tem uma CPI paralela vasculhando a minha vida dentro do Senado. Podem vasculhar. E tenho certeza, tem gente que não vai entender.”

O processo legislativo é complexo, disse Marina, como a justificar as duas ocasiões em que votou contra a CPMF, apesar de dizer que se posicionara a favor do tributo sobre movimentação financeira. “Tem coisa que a gente vota no principal e depois não vota com as emendas; vota com as emendas, mas não vota no principal”, disse, antes de pegar novamente em lanças: “Quem não foi nem vereadora e vira presidente do Brasil, não entende isso.”

Nas palavras de Marina, Dilma “come pela boca do marqueteiro, come pela boca do assessor.” A certa altura, a substituta de Eduardo Campos na corrida presidencial repetiu três vezes: “Nós estamos no segundo turno, nós estamos no segundo turno, nós estamos no segundo turno. Escrevam isso.”

Para ela, o eleitorado já desfez o antigo Fla-Flu que vinha transformando as disputas presidenciais nos últimos 20 anos em gincanas monopolizadas por petistas e tucanos. “As forças que querem a polarização estão fazendo de tudo para dizer que vai continuar entre os mesmos”, disse a ex-petista Marina. “Não será entre os mesmos.”

Aferrada a autocritérios, Marina apresentou-se como representante do pedaço da sociedade que foi às praças em junho do ano passado para dizer que não se sentiam representadas. A atual disputa, disse ela, “será entre a sociedade brasileira e eles. Eu sou o melhor pretexto que a sociedade tem para colocar as coisas no contexto da mudança da história, com a altura e a profundidade que os brasileiros merecem.”

Minutos antes, Marina entusiasmara a plateia ao afirmar que aqueles que a sociedade não considera como seus representantes “pararam de apostar nas virtudes.” Ela ironizou a insistência com que Dilma afirma que, no governo dela, a Polícia Federal investiga.

“Eu acho muito interessante dizer que a Polícia Federal está investigando. É como se a Polícia Federal estivesse investigando a pedido do governo. Como se a Polícia Federal fosse um órgão do governo, do partido. Não é. É do Estado brasileiro. É o Estado brasileiro que está investigando.''

Marina lamentou que os ataques à sua candidatura sejam patrocinadas por outra mulher. “Aliás, mesmo tendo perdido, eu celebrei quando esse país a elegeu a primeira mulher presidente do Brasil. Quinhentos anos de história! Eu nunca pensei, que uma mulher pudesse permitir fazer o que estão fazendo para destruir a biografia honrada de uma outra mulher.”

“Amanhã vão dizer: ‘ela é fraca, ela se emociona, ela não serve para governar o Brasil’. Olha, a pior coisa que existe é quando você fere e diz: 'engula o choro, não reclame, finja que não está doendo, mostre que você é forte.' Essa é a pior fraqueza. É você fazer o jogo do dominador. É você se integrar a ele para parecer com ele.” Nesse ponto, a ex-petista Marina elevou o timbre: “Eu não quero me parecer com essa gente.” Ela repetiu: “Não quero me parecer com essa gente.”
Marina disse que esperava participar de uma campanha mais dignificante. “Era para ter uma outra qualidade nas eleições. Eu queria tanto! Já imaginou? A Dilma, eu, o Aécio… Eu, a neta da parteira, dona Júlia, que andava não sei quantas horas [...] para ir fazer uma mulher parir um filho, soprando numa garrafa, tomando chá de manjirioba, pendurada numa corda, nunca perdeu um menino. E o neto do grande Tancredo Neves. E a nossa presidente que foi presa. Olha a qualidade que seria! Eu e Eduardo acreditamos que teria qualidade.”



 

A lista dos perigos

Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma 

O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?

Aqui vai a lista:

A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um país capitalista com métodos “socialistas”. Os “meios” errados nos levarão a “fins” errados. Como não haverá outra “reeleição”, o PT no governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na “linha justa” de Venezuela, Argentina e outros.

Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: “Combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento”, leia-se, como um velho petista deixou escapar: “Eliminar o esterco da cultura internacional e a “irresponsabilidade “da mídia conservadora”. Poderão enfim pôr em prática a velha frase de Stalin: “As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias?”

As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram para o governo PT ter mais controle sobre a vida do país. Também para “controlar”, serão criados os “conselhos” de consulta direta à população, disfarce de “sovietes” como na Rússia de Stalin.

O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e “cristiniana”. Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com países irrelevantes (do “terceiro mundo”) como tarefa para o emasculado Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um “anão diplomático” irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.

Continuaremos a “defender” o Estado Islâmico e outros terroristas do “terceiro mundo”, porque afinal eles são contra os Estados Unidos, “inimigo principal” dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande Obama como um “neguinho pernóstico”.

Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em São Paulo.

Junto ao “patrimonialismo de Estado”, os velhos caciques do “patrimonialismo privado” ficarão babando de felicidade, como Sarney, Renan “et caterva” voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de brizolistas e bolcheviques.
Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.

O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: “Como deixar independente o BC?”
A inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a “inflação neoliberal”.

Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são “meias verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...”.

Em vez de necessárias privatizações ou “concessões”, a tendência é de reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem o país continuarão a ser olhados como suspeitos.

Manipularão as contas públicas com o descaro de “revolucionários” — em 2015 as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro “pau-mandado” como o Mantega. Aguardem.

Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.

A reforma da Previdência não existirá pois, segundo o PT, “ela não é necessária”, pois “exageram muito sobre sua crise”, não havendo nenhum “rombo” no orçamento. Só de R$ 52 bilhões.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas atenuantes — prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época “neoliberal”. Da reforma política e tributária ninguém cogita.

Nossa maior doença — o Estado canceroso — será ignorada e terá uma recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo eles, isso não é um grande problema na política de “desenvolvimento”.

Certas leis “chatas” serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de propósito.

Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stédile ja declarou que se Dilma não vencer, “vamos fazer uma guerra”) mostra que, além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de “guarda pretoriana”, como a guarda revolucionária dos “aiatolás “ do Irã.

A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As trinta mil boquinhas de “militantes” dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma “tomada de poder.” Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo “existencial” dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo farão para avacalhar o sistema capitalista no país, em nome de uma revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da Petrobras, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar. Ninguém será punido — Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.

Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica.

E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e mulheres pobres do país que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) — “que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem”.

Toda sua propaganda até agora acomodou-se à compreensão dos menos inteligentes: “Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada” — esta é do velho nazista.

O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os “sujeitos”, os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles falam, a “massa atrasada”.

É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.

Marina sobe tom e diz que Dilma mente sobre desconhecer roubo da Petrobras



Em evento na tarde desta terça-feira (30) em São Paulo, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, fez ataques duros à adversária Dilma Rousseff (PT).

A ex-senadora afirmou que a campanha de Dilma é "mentirosa" e que compreendeu de forma equivocada sua votação na CPMF. De acordo com Marina, a candidata à reeleição não conhece a tramitação de projetos no Congresso.


"Quem não foi nem vereadora e vira presidente do Brasil não entende nada da coisa", disse Marina.



A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira) era um tributo destinado à área de saúde e tem causado polêmica nesta campanha.

Em seguida, a ex-senadora afirmou que Dilma mente ao dizer que não sabia do esquema desvios de dinheiro da Petrobras."É mentira quem diz que não sabia que tinha roubo na Petrobras."


Marina disse ainda que "nunca" pensou "que uma mulher pudesse permitir" que a difamassem. Quanto ao PT, a ex-senadora afirmou que não quer "se parecer com essa gente."


A subida de tom de Marina já era esperada. Ao final do evento, lideranças do PSB comemoravam os ataques à Dilma.


O evento reuniu lideranças do PSB, militantes da Rede, economistas, ativistas e empresários na zona oeste de São Paulo. O encontro serviu para a campanha gravar imagens para os programas eleitorais desta reta final de campanha.



Uol



Lindberg lidera bancada de senadores candidatos sob investigação no STF

Dos 38 senadores que disputam as eleições, 11 são alvos de investigações criminais no Supremo. Com dez inquéritos, candidato petista ao governo do Rio de Janeiro é o que acumula mais pendências na corte. Saiba quem são os demais


Lindberg atribui número de investigações a pressão de adversários políticos sobre Ministério Público
 
A menos de uma semana das eleições, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) ainda não conseguiu decolar nas pesquisas eleitorais. Quarto colocado na disputa ao governo do Rio de Janeiro, segundo o Ibope e o Datafolha, Lindberg mantém desde 2012 a liderança em uma disputa pouco lisonjeira: a de senador com mais pendências no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 38 senadores que concorrem a um mandato este ano, 11 são alvos de investigação no Supremo. A lista é encabeçada pelo petista.
Veja quem são os senadores candidatos sob investigação na Justiça

O ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (Une) e ex-líder do movimento dos caras-pintadas responde atualmente a dez inquéritos na mais alta corte do país por crimes contra a Lei de Licitações, de responsabilidade, contra as finanças públicas, quadrilha ou bando e improbidade administrativa. Mas o número de apurações foi maior: já foram 15 dois anos atrás. Todas as investigações, tanto as que ainda tramitam quanto as que já foram arquivadas, referem-se aos quase seis anos da passagem de Lindberg pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ).

Mas ele não está só. Os senadores candidatos com problemas na Justiça são de sete partidos: três do PMDB, dois do PT, outros dois do PTB; PSDB, PDT, PR e PSC completam a lista com um nome cada. Esses parlamentares representam dez estados: há dois do Amazonas e um de Alagoas, do Distrito Federal, do Maranhão, do Piauí, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

Reputação ilibada?
Depois de Lindberg, os senadores candidatos com mais pendências judiciais são Gim Argello (PTB-DF), com cinco inquéritos, e Alfredo Nascimento (PR-AM), com quatro. Terceiro colocado nas pesquisas para o Senado, Gim passou por momento constrangedor no início do ano. Em abril, ele se viu obrigado a retirar sua candidatura a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) após protestos de ministros e funcionários do órgão, que o acusaram de não preencher os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada previstos na Constituição Federal para postulantes ao cargo.

“No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do TCU é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria”, justificou-se à época o senador, que tinha o apoio do Planalto para a disputa. O petebista é suspeito de ter cometido crimes contra o patrimônio e contra a Lei de Licitações, apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção. Além das apurações em andamento no Supremo, ele tem duas condenações em primeira e segunda instâncias.

Alfredo Nascimento deixou o Ministério dos Transportes em meio à “faxina” da presidenta Dilma em 2011 após o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem indícios de superfaturamento de obras rodoviárias. Ele e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpre pena por ter sido condenado no mensalão, também foram acusados de receber propinas de empreiteiras, algo não confirmado pelo Ministério Público, que arquivou o caso por falta de provas. Candidato a uma vaga na Câmara, o senador amazonense é investigado por crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a administração pública, além de falsidade ideológica.

Lava Jato
Principal alvo do então líder cara-pintada Lindberg Farias, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) também tem, a exemplo de seu ex-adversário nas ruas, problema no Supremo. Afastado da Presidência da República em 1992 no processo de impeachment, o senador alagoano é candidato à reeleição e lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto no estado, à frente da ex-senadora Heloísa Helena (Psol-AL).

Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor virou alvo, em agosto, de um inquérito que apura suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.

Como revelou o Congresso em Foco, a suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Ele diz ser inocente.

Convicção no arquivamento
Por meio de sua assessoria, Lindberg disse ter convicção de que todos os inquéritos em tramitação no STF contra ele serão arquivados. O senador atribui o elevado número de investigações à influência de seus adversários políticos locais no Ministério Público.

“O candidato, ao contrário de seus dois principais concorrentes ao governo do Rio, não possuiu nenhuma condenação cível ou criminal, o que ocorre somente após a propositura e o recebimento de ação penal pelo Supremo Tribunal Federal. E não há no STF sequer ação penal recebida contra Lindberg”, afirma a assessoria.

Pesquisa divulgada na última sexta-feira (26) pelo Datafolha aponta o senador petista na quarta colocação na disputa ao governo do Rio de Janeiro, com 13% das intenções de voto. À frente dele estão o atual governador, Fernando Pezão (PMDB), com 31%, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 23, e o senador Marcelo Crivella (PRB), com 17%. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

Uol 

 

Presidente da OAB-DF tenta impedir que Joaquim Barbosa receba registro de advogado

Ibaneis Rocha enviou um pedido de impugnação do registro alegando que conduta de ex-ministro feriu ética profissional por Paulo Celso Pereira e Francisco Leali
30/09/2014 12:40 / Atualizado 30/09/2014 14:43

Barbosa: registro indeferido pela OAB - Givaldo Barbosa / O Globo

BRASÍLIA - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pediu para que a comissão de seleção da entidade que dirige rejeite o pedido de registro como advogado do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Barbosa havia pedido o registro da Ordem à comissão, órgão que tem poder para tratar do assunto. Antes que a comissão se pronunciasse, Ibaneis Rocha enviou um pedido de impugnação do registro. Ibaneis não assina como presidente da instituição, mas como advogado, numa espécie de representação contra Barbosa. Não há registro de caso semelhante na OAB.

Mais cedo a assessoria da OAB havia informado que Ibaneis Rocha havia indeferido o registro do Joaquim Barbosa e que agora caberia recurso à comissão. A assessoria corrigiu a informação para esclarecer que o pedido ainda será analisado pela comissão, mas Ibaneis Rocha, na qualidade de advogado e não de presidente da OAB, tomou a iniciativa de pedir a impugnação do pedido de concessão do registro profissional.

No pedido de impugnação, Ibaneis cita vários episódios que, segundo ele, demonstram que Barbosa ofendeu advogados enquanto estava no Supremo Tribunal Federal.

Um deles foi o ex-ministro Maurício Correa, já falecido, que foi acusado por Barbosa de usar o prestígio de ex-ministro para tratar de ações que tramitavam no STF. O outro foi o advogado José Gerardo Grossi. Segundo a OAB, Grossi teria sido ofendido por Barbosa quando o então presidente do STF afirmou que havia um conluio de advogados para defender os mensaleiros.

Joaquim Barbosa já foi notificado do pedido de impugnação e poderá contestá-lo ou simplesmente aguardar que a comissão de seleção tome decisão. Barbosa é formado em Direito e antes de ser ministro do STF era procurador da República concursado.

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O que é o que é? Faz a Bolsa desabar, o dólar subir e o mercado suspirar?



Publicado em 30/09/2014
Geraldo Samor comenta o momento sangrento da bolsa com o crescimento de Dilma nas pesquisas. A máxima do marketeiro Duda Mendonça, que sempre defendeu o "quem bate, perde", foi posta em xeque nessa eleição. A informação é de Lauro Jardim, no "Seu Voto no Radar".

Dilma sobe nas pesquisas a bolsa desaba;
Marina sobe nas pesquisas a bolsa sobe! 

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Dilma e o pacto com o diabo



Campanhas eleitorais costumam ser mais emoção do que razão. São sempre criticadas por não se aprofundar em temas urgentes, por abusar dos ataques e contra-ataques. Mas nunca antes na história deste país uma campanha foi tão infame e deseducadora. O retorno da presidente Dilma Rousseff à liderança isolada da disputa depois de artilharia intensa – tendo a mentira como principal arma – não deixa dúvidas. Corrobora com a maquiavélica tese do vale tudo, de se fazer o diabo.

Marina Silva foi bombardeada por Dilma e Aécio Neves. Mas até o capeta se assustou com a tática usada pelos petistas para desconstruí-la.

De uma hora para outra, a ex-ministra de Lula virou defensora do capital e dos banqueiros, companheira de tucanos neoliberais que querem aniquilar com as estatais, acabar com o Bolsa Família e com a CLT.

Vencida a primeira batalha, a campanha de Dilma tratou de proteger o flanco que poderia sangrá-la: a roubalheira na Petrobrás, que começou a ganhar forma e endereço com a delação premiada de Paulo Roberto Costa.

Especialistas em transformar os males que os afligem em virtudes, os petistas rapidamente produziram uma nova Dilma contra a corrupção. Não aquela Dilma-faxineira que chegou a fazer sucesso no primeiro ano de mandato e que sucumbiu. Outra personagem, desta vez encarnando a líder no combate à impunidade.

Há duas semanas, em todas as entrevistas e discursos – incluindo a fala eleitoral na abertura da Assembleia da ONU –, Dilma empunha a bandeira anticorrupção. Na sexta-feira, prometeu endurecer contra agentes públicos que prevaricam, além de reformar a Justiça e criar leis para facilitar a perda de bens adquiridos de forma ilícita.

Tudo promessas para um eventual segundo mandato, sem explicar por que até agora nada fez.
Garantiu ainda que pretende tornar crime a prática de caixa 2. Prova inconteste de que, assim como o seu partido, ela desconsidera por completo a lei eleitoral, que prevê punição de até dois anos de prisão para o delito. Uma proposta feita pela OAB, que não obteve aval de seu governo, amplia a pena para até oito anos. 

Dilma ainda terá de explicar por que disse que não sabia de “malfeitos” na Petrobrás, quando, segundo reportagem do jornal O Globo, ela própria, então ministra da Casa Civil, pediu para que a Controladoria da União investigasse desvios apontados pelo TCU nas obras da refinaria de Abreu e Lima, processo arquivado sem investigação.

Mas isso não apoquenta a presidente. Afinal, faltam apenas sete dias para as eleições. A ordem continua sendo fazer o diabo. Ainda que se saiba que a conta que ele costuma cobrar seja fatal.

Dilma Rousseff durante entrevista sobre a sua campanha (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)Dilma Rousseff durante entrevista sobre a sua campanha





Na TV, Marina diz que o Brasil quer demitir Dilma

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Publicado em 25/09/2014 às 9:20 por em Eleições,NotíciasFoto: João Cotta/TV Globo

Foto: João Cotta/TV Globo

Em entrevista concedida ao “Bom dia, Brasil”, telejornal matutino da TV Globo, a candidata Marina Silva (PSB/Rede) falou de temas como o fim da reeleição, sua atual relação com Lula e sobre temas relativos à economia do país: “Me parece que a sociedade brasileira caminha para demitir a Dilma”, disparou a candidata.

Marina falava sobre suas propostas para otimização dos resultados da economia brasileira. Para isto, usava a reeleição como um dos fatores que contribuem para que o Brasil não alcance resultados expressivos: “Por isto sou contra a reeleição; porque (com a possibilidade dela) você não faz o que é estratégico para o país. Você faz o que é possível para se reeleger”, criticou a candidata que, na entrevista, quase que completamente voltada para debater a política econômica brasileira, não poupou críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao seu Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ainda sobre a economia, a socialista voltou a criticar a petista dizendo que Dilma “tenta inventar a roda”: “Não vamos nos aventurar em políticas econômicas; não vamos tentar inventar a roda.Tínhamos um modelo que vinha dando certo desde a época do ex-presidente Itamar Franco, que o Fernando Henrique (PSDB) consolidou e que foi mantido pelo ex-presidente Lula (PT). A presidente Dilma é que se aventurou”, pontuou a candidata, que passou todo o tempo da entrevista seugurando nas mãos o seu programa de governo, lançado em um ato público no último dia 29 de agosto.



Marina ainda repercutiu o episódio em que, numa entrevista a um jornal do Sudetste, teria chorado ao falar das críticas que vem recebendo por parte de Lula. “É estranho de falar porque foi fora da entrevista. Naquele momento, estava falando das minhas filhas, do noso álbum de infância, quando tudo, os sapatinhos, as roupinhas delas eram vermelhas”, disse a candidata lembrando sua forte ligação com PT na época, “nós tínhamos orgulho”.

A candidata negou que seu choro representasse fragilidade e disse que uma pessoa que passou por tantos problemas de saúde, sociais e familiares, não pode ser chamada de frágil: “Não se pode confundir sensibilidade com fraqueza”, concluiu a candidata.

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No Recife, Marina e família Campos ressaltam legado de Eduardo

No Recife, Marina e família Campos ressaltam legado de Eduardo


Publicado em 30/09/2014 às 2:52 por em Eleições, Notícias

Foto: Reprodução do Facebook de Marina Silva
Foto: Reprodução do Facebook de Marina Silva

O discurso socialista em Pernambuco tem se baseado no “legado de Eduardo” desde agosto, quando o ex-governador de Pernambuco morreu vítima de acidente aéreo em plena campanha presidencial. Não poderia ser diferente, então, na noite desta segunda-feira (29), durante o comício com a candidata que o sucedeu na disputa pela presidência, Marina Silva (PSB), realizado no Cais da Alfândega, no Centro do Recife. Aliados, a própria postulante e um dos filhos de Eduardo Campos (PSB), João Campos, também filiado ao partido, arrancaram aplausos dos eleitores relembrando o papel de liderança política exercido por ele, além de ressaltar programas da sua gestão, como o Pacto pela Vida.

Embora o comício tenha sido marcado para as 20h, passava das 21h20 quando Marina Silva, Renata Campos, viúva de Eduardo, e os filhos dele – Maria Eduarda (22), João (20), Pedro (18) e José (9) – subiram ao palco montado à margem do Rio Capibaribe, interrompendo o discurso de Fernando Bezerra Coelho, candidato ao Senado pela Frente Popular, coligação encabeçada pelo PSB. “Aquele avião matou o maior líder de Pernambuco, mas não matou os sonhos de Eduardo”, dizia o ex-ministro.

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Fotos: Ricardo Labastier/JC Imagem
Depois da euforia da militância, que lotava desde o Paço Alfândega até a Ponte Maurício de Nassau, apenas FBC ficou discursando – em um momento, chamou a candidata a presidente, mas ela conversava com candidatos que estavam no palanque. Renata ficou abraçada ao pequeno José e recebeu cumprimentos do candidato a vice na chapa, Beto Albuquerque (PSB).

João aguardava, aparentemente ansioso, o seu momento de falar, quando discursaria pela primeira vez no Recife. O jovem mexia as pernas e combinou detalhes do que iria falar com a mãe.

“Os brasileiros não choraram apenas pelo líder que precocemente nos deixou. O povo brasileiro chorou pelo futuro”, disse, assim que assumiu a palavra. Em seguida, os eleitores repetiram o grito que marcou o velório e o enterro do ex-governador: “Eduardo, guerreiro do povo brasileiro!”. João ainda lembrou o bisavô, Miguel Arraes, antes de pedir votos para os candidatos majoritários em Pernambuco.

“Fico feliz de ver que o meu pai se transformou no que ele acreditava, nos seus sonhos”, afirmou João. Mantendo o sentimento de comoção gerado em torno da sua família, disse: “Sou apenas um jovem, mas aprendi com meu pai e minha mãe. Na vida, a gente precisa ter força e ter coragem.”

João concluiu sua fala com o que o seu pai costumava dizer: “É paz, amor e vitória!”. O jovem abraçou os aliados e a família. Com um gesto usando o polegar, Renata aprovou o discurso do filho.

Foto: Amanda Miranda/NE10
Foto: Amanda Miranda/NE10

O governador João Lyra (PSB) e Marina Silva também parabenizaram o herdeiro de Eduardo pelas palavras. “Com certeza, João, você tem futuro neste Estado e neste País”, preconizou Lyra.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), assim como Paulo Câmara (PSB), foi indicado por Eduardo após participar do seu governo como secretário. Nesta segunda, fez críticas aos ataques dos adversários a Marina Silva, mas deu as próprias alfinetadas nos opositores pernambucanos. Geraldo Julio retomou o discurso do “gosto ruim”, afirmando que Pernambuco tem dois senadores que têm essa atitude em relação aos projetos socialistas, referindo-se a Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB). “Um só sabe ‘botar gosto ruim’ no meu trabalho no Recife e o outro vai perder para Paulo”, disse. Sabe o que o candidato da oposição está querendo fazer? Jogar fora todas as conquistas”, acrescentou, sobre o petebista – usando, assim, o mesmo ‘discurso do medo’ que o PSB critica no PT.

Antes de Marina, que discursou por mais de meia hora, Beto Albuquerque teve espaço para ressaltar o legado do amigo Eduardo e, principalmente, de atacar a presidente Dilma Rousseff (PT). “Vocês chegaram a acordar a Dilma com essa força. Ela já estava dormindo, acreditando nas pesquisas. Ela acha que pesquisa ganha eleição”, afirmou. “Vocês estão vendo o tom de baixaria que aqueles que querem passar a vida inteira no poder estão fazendo com a Marina.”
O gaúcho ainda trouxe o discurso para Pernambuco, chamando de “mistura de alhos e bugalhos de usineiro e petistas” a chapa adversária.

Mesmo sendo o candidato no Estado, Paulo Câmara (PSB) perdeu o protagonismo no comício com a chapa nacional. Repetiu o discurso da campanha inteira, citando a nova política e ações tomadas nas duas gestões de Eduardo. “Sonhos e ideais de Eduardo são meus sonhos e ideais”, afirmou, seguindo a estratégia dos aliados.

A última foi Marina Silva, que assumiu a palavra com o frevo “Madeira que cupim não rói”, tocado nas campanhas do ex-governador. Marina se disse um “bicho de perna curta”, que tem que intensificar o ritmo de campanha para compensar os quase 10 minutos a menos que tem no guia eleitoral em relação a Dilma Rousseff. Apesar de reclamar das críticas que recebe dos adversários, consideradas por ela “calúnias”, alfinetou a petista por ter em seu palanque políticos como Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB). A socialista citou Nelson Mandela, Gandhi e Martin Luther King para dizer que manterá a “tranquilidade” na campanha.

Criticada por ser evangélica, Marina tentou responder. “Ninguém nunca me viu instrumentalizando a minha fé”, afirmou. A candidata disse defender os direitos humanos e argumentou que o Estado é laico, o que, segundo ela, garante a liberdade dos que têm fé de manifestá-la e também o contrário.
Como sempre tem feito, a socialista apontou a polarização entre PT e PSDB e foi aplaudida ao dizer: “Chegou a hora da onça beber água!”.

A candidata ainda não havia chegado quando o evento começou. O primeiro a falar foi o candidato a vice de Paulo Câmara, Raul Henry (PMDB). Com a voz rouca, ele lembrou Eduardo, que chama “grande líder”, e atacou adversários. “(Paulo) não foi criado na mordomia, no terraço da casa grande da usina”, alfinetou Armando Monteiro Neto (PTB). Em relação ao lado exótico de João Paulo (PT), afirmou: “(Fernando Bezerra Coelho) não vai fazer vergonha a Pernambuco falando besteira por aí.”



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

OAB pede cassação da candidatura de Fidélix por declarações homofóbicas

 
O Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação da candidatura de Levy Fidélix (PRTB) e direito de resposta às delcarações homofóbicas ditas pelo candidato durante debate ocorrido na "TV Record" na noite deste domingo (29).  

O deputado Renato Simões (PT-SP) também acionou o candidato. A primeira representação foi feita à Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público Federal, instituição cujo procurador-geral, Rodrigo Janot, recentemente se pronunciou pela adoção do crime de discriminação previsto na legislação contra o racismo para embasar processos por homofobia.

Outra junto à comissão especial da lei 10.948, que pune a homofobia no Estado de São Paulo, de autoria do próprio Renato quando deputado estadual, que funciona junto à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.

"Esperamos que a impunidade não alcance Fidélix, pois seu comportamento como candidato à Presidência da República não pode estimular o preconceito, a discriminação e a violência contra LGBTs em todo o país", disse o deputado.

Segundo ele, Fidélix incentivou uma reação da sociedade contra os LGBTs. Como a lei 10.948 é estadual, o candidato não será imputado criminalmente, mas poderá ter de pagar multa ou sofrer outras sanções.

No Facebook um grupo formado por mais de 6.100 pessoas está coletando dados pessoais para formalizar uma denúncia coletiva à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do governo federal.
E a coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo também vai representar contra Fidélix com base na lei estadual 10.948.

Além disso, diversos usuários de redes sociais têm denunciado o candidato no site deo Ministério Público Federal por ferir o artigo 5º da Constituição Federal, inciso XLI, que diz que "a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais", especialmente por ter sido feito em uma emissora de televisão de concessão pública.

Debates entre os presidenciáveis 

16.set.2014 - Candidatos tomam posição no palco montado do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), para debate promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Aparecida, interior de São Paulo, nesta terça-feira (16) Leia mais Reprodução
 
A polêmica

Em debate realizado na noite deste domingo (28)pela TV Record, o candidato à Presidência Levy Fidelix (PRTB) associou a homossexualidade com pedofilia e afirmou que gays precisam de atendimento psicológico "bem longe daqui".

As declarações foram dadas após pergunta da candidata Luciana Genro (PSOL), que citou a violência a que a população LGBT é submetida e indagou Levy sobre os motivos pelos quais os que "defendem a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo."

"Aparelho excretor não reproduz (...) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar", afirmou.

Na réplica, Luciana defendeu o casamento igualitário como forma de reduzir a violência contra a população LGBT. Na tréplica, entretanto, Levy subiu o tom e deu a entender que caso fossem dados direitos ao grupo, metade da população sairia do armário.

"Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 [milhões]. Vai para a avenida Paulista, anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá", disse.

Uol


Dilma, Marina e Aécio são corresponsáveis por despautérios de Levy Fidelix


OUÇA ESTA POSTAGEM 


PT, PSB, PSDB e outros grandes nada fazem para acabar com vale-tudo de nanicos

Cláusula de desempenho limitaria acesso de siglas sem representação a debates

O candidato do PRTB a presidente da República, Levy Fidelix, produziu alguns despautérios homofóbicos no debate promovido pela TV Record no domingo (28.set.2014; reproduzidos ao final deste post).

No minuto seguinte, Levy Fidelix começou a ser malhado por causa da ignorância contida em seus comentários preconceituosos. Menos críticas têm sido ouvidas a respeito da existência de tal cenário: candidatos nanicos sem representação presentes a debates eleitorais para vocalizar suas ideias exóticas.

Não que um candidato de um partido grande não possa também falar absurdos e ser preconceituoso –aliás, é muito comum. Mas aí os mecanismos de cobrança tendem a ser mais eficazes. No caso de um nanico, ele faz o que bem entende e não presta contas a ninguém.

Falta à democracia brasileira uma disciplina maior para tratar de maneira correta os que não têm votos. Nesse aspecto, Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, juntos com seus respectivos partidos (PT, PSB e PSDB), são grandes responsáveis para que prosperem políticos “a la Levy Fidelix” e siglas com o PRTB.

Seria necessário aprovar uma cláusula de desempenho que impedisse o acesso facilitado de partidos quase sem voto ao horário eleitoral, ao dinheiro (público) do Fundo Partidário e aos debates entre candidatos em meio eletrônico (rádio e TV).

Para fazer um debate hoje, emissoras de TVs e de rádio estão obrigadas a convidar todos os candidatos de partidos que elegeram deputados federais na última eleição (no caso de 2014, são 7 candidatos a presidente).

Não importa o número de deputados que partido consiga eleger. Pode ter sido 1 ou 100, não faz diferença. Se a sigla tiver candidato a presidente terá também o direito de aparecer no debate para atravancar a discussão falando de aerotrem ou expressar seu preconceito (ao final deste post, a íntegra do que falou Levy Fidelix no domingo).

[é claro que há exceções, com nanicos responsáveis; mas este post trata da parte ruim do sistema].

Houve uma tentativa mal feita nos anos 1990 de reduzir drasticamente o acesso dos nanicos à TV, ao rádio e ao Fundo Partidário. O Supremo Tribunal Federal considerou a medida inconstitucional (já nos anos 2000), pois havia sido introduzida por meio de lei. Teria de ser uma emenda constitucional –há quem considere que o STF errou a mão nessa decisão, mas agora não vem ao caso.

O fato é que os partidos estão há décadas discutindo o tema, mas nunca fazendo nada efetivo. PT, PMDB, PSDB, PSB, DEM e outras legendas tradicionais nunca se esforçaram, de fato, para fazer passar uma emenda constitucional que acabasse com o democratismo que coloca no horário eleitoral gente com quase zero de representação na sociedade.

O que deve ser feito? Simples. Chama-se cláusula de desempenho. Por exemplo, estipular que o partido com menos de 3%, 4% ou 5% dos votos (seria necessário modular qual é o percentual ideal) em nível nacional numa eleição para a Câmara dos Deputados não terá o direito de ter o seu candidato convidado obrigatoriamente para um debate na TV ou no rádio.

Esses partidos menores também não teriam mais o direito de aparecer a cada 6 meses na TV e no rádio, em rede nacional. Isso ocorre hoje, seja ano eleitoral ou não (e quem paga é o contribuinte, pois as emissoras são ressarcidas pelo horário cedido). Por fim, o acesso ao Fundo Partidário ficaria bem mais restrito.

O PRTB de Levy Fidelix, por exemplo, elegeu 2 deputados federais em 2010. Hoje, não tem mais nenhum.

Não é um exagero dizer que o PRTB é quase um partido secreto para a população brasileira. Mas ele teve o seu momento de glória no dia 20.mar.2014: apareceu 5 minutos em rede nacional de TV (das 20h30 às 20h35) e de rádio (das 20h às 20h05). Quem pagou por isso sem saber? Os brasileiros que pagam impostos.

A legenda de Levy Fidelix também já recebeu neste ano de 2014, até setembro, um total de R$ 992.247,50 do Fundo Partidário –dinheiro dos impostos de todos os brasileiros. Em 2013, o PRTB abiscoitou R$ 1.361.924,12.

E não é tudo. Todas as legendas também recebem uma participação proporcional no que a Justiça Eleitoral arrecada de multas dos políticos e das agremiações partidárias –isso mesmo, a Justiça cobra multas e depois devolve o dinheiro para os próprios partidos (incrível). Nesse sistema surrealista, o PRTB de Levy Fidelix ganhou em 2013 um total de R$ 310.249,78 desse reparte das multas redistribuídas pelo TSE.

A pergunta que vem agora é prosaica e muito fácil de ser respondida: quantos dos 202 milhões de brasileiros são a favor de o PRTB receber, anualmente, R$ 1,672 milhão (como ocorreu em 2013) em dinheiro público? Possivelmente, só os dirigentes do PRTB e seus amigos mais próximos.

Outra pergunta: por que os partidos maiores não acabam com essa farra que nada tem a ver com democracia? A resposta vem em duas partes.

Primeiro, porque os partidos nanicos são muito úteis aos grandes. Muitos (não todos, claro) se dispõem a fazer o trabalho sujo em eleições, usando o seu tempo de propaganda para difamar alguém.

A segunda razão é que há muitos nanicos, vamos dizer, ideológicos, que também ficariam sem acesso facilitado ao tempo de TV e de rádio nem ao Fundo Partidário se fosse adotada uma cláusula de desempenho.

Em resumo, uma das razões tem a ver com funcionalidade podre da política (usar siglas nanicas como bocas de aluguel). A outra razão seria, em tese, nobre –não condenar legendas ideológicas a uma vida mais difícil. Essa segunda motivação é uma falsa disjuntiva.

Por mais simpáticos que possam ser alguns nanicos, não faz sentido dar dinheiro público a quem não tem representação na sociedade. Tomem-se algumas siglas trotskistas que há décadas têm batalhado pelas suas causas, mas nunca conseguiram prosperar. Não há como a sociedade brasileira sustentar tal tipo de situação.

Verdade seja dita, Dilma Rousseff e o PT têm falado sobre algum tipo de reforma política em suas propagandas eleitorais deste ano (propondo um esdrúxulo plebiscito para mudar quase tudo). É só cortina de fumaça. Trata-se de uma embromação pregar uma ampla mudança nas regras. Isso nunca acontecerá.

O mais plausível é a adoção de alguma alteração pontual –como uma cláusula de desempenho– que teria efeito saneador depois de duas ou três eleições.

Mas eis uma dúvida legítima que alguns terão: e se um candidato a presidente da República de um partido nanico se tornasse muito popular, disparando nas pesquisas, e não fosse convidado para um debate na TV porque não haveria mais a exigência da lei? Essa é outra falsa questão.

Com várias emissoras de TV no país, será que nenhuma se interessaria em entrevistar ou convidar para um debate um candidato com 25% ou 30% das intenções de voto?

Em 2010, numa iniciativa pioneira, o jornal “Folha de S.Paulo” e o portal UOL realizaram um debate presidencial, transmitido apenas em “streaming”, via internet –o que permite que se convide quantos candidatos os organizadores desejarem. À época (agosto de 2010), só havia 2 candidatos competitivos, Dilma Rousseff (PT), com 41%, e José Serra (PSDB), 33% das intenções de voto. Ainda assim, já estava começando a despontar a candidatura de Marina Silva (então no minúsculo PV), com 10%. Os 3 foram convidados, pois essa era a decisão correta a ser tomada do ponto de vista jornalístico.

É evidente que isso também aconteceria na eventualidade de a cláusula de desempenho entrar em vigor.

A opção que existe é não fazer nada. Nesse caso, a sociedade brasileira terá de se acostumar com cenas grotescas como a de Levy Fidelix, cuja fala de 28.set.2014 sobre união entre pessoas do mesmo sexo vai reproduzida a seguir, para registro histórico:

Levy Fidelix [debate da TV Record, em 28.set.2014]: “…Tenho 62 anos. Pelo que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. E digo mais. Digo mais. Desculpe, mas aparelho excretor não reproduz. É feio dizer isso, mas não podemos, jamais, gente, eu que sou um pai de família e um avô, deixar que tenhamos esses que aí estão achacando a gente no dia a dia, querendo escorar essa minoria à maioria do povo brasileiro. Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado? Porque tem medo de perder voto. Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô, que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. E vamos acabar com essa historinha. Eu via um padre, o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano um pedófilo. Está certo. Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar, realmente, um bom caminho familiar. Então, Luciana [Genro, candidata do PSOL a presidente em 2014], lamento muito. Que façam um bom proveito que querem fazer e continuar como estão. Mas eu, presidente da República, não vou estimular. Se está na lei, que fique como está. Mas estimular, jamais, a união homoafetiva”.

(…) Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Se começarmos a estimular isso daí, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 [milhões]. É… Vai para a [avenida] Paulista e anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem somos maioria. Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los, não ter medo. Dizer que sou pai, mamãe, vovô. E o mais importante é que esses que têm esses problemas realmente seja atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente. Bem longe, mesmo, porque aqui não dá”.

Blog do Fernando Rodrigues 

Após declarações de Levy, Marina e Dilma criticam homofobia

 A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (29) em Caruaru (PE), que as declarações do presidenciável Levy Fidélix (PRTB) no debate de ontem (28) na TV Record são "homofóbicas e inaceitáveis". A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, também criticou o rival.

No debate, o candidato associou homossexuais à pedofilia e pregou o enfrentamento a gays.
"É uma visão de completa intolerância com a diversidade social, cultural, que caracteriza o nosso país, com o respeito que se deve ter às pessoas, independente da condição social, cor e orientação sexual", disse a ex-senadora.

Questionado sobre por qual motivo não confrontou o candidato após as declarações, Marina afirmou que as regras do debate não permitiram. "O debate tem regras em que você não pode interferir na fala das demais pessoas."

Segundo Marina, a Rede Sustentabilidade fará uma representação contra Levy Fidelix.

Já Dilma voltou a defender nesta segunda-feira a criminalização da homofobia. "Eu acho que a homofobia tem que ser criminalizada", disse.
A declaração de Dilma foi feita durante entrevista coletiva realizada em um hotel em São Paulo. Durante a entrevista coletiva realizada pouco antes de um comício no bairro do Campo Limpo, em São Paulo, Dilma disse o país não poderia conviver com processos discriminatórios que levassem à violência.

"Eu já disse que o meu governo e eu, tanto pública quanto pessoalmente, sou contra a homofobia. Acho que o Brasil atingiu um patamar de civilidade, que nós, a sociedade brasileira, o governo, todos nós, não podemos conviver com processos de discriminação que levem à violência", disse a presidente e candidata.

Com relação aos direitos civis das relações entre pessoas do mesmo sexo, Dilma disse que o assunto não estava em discussão por conta da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o assunto. "No que se refere às relações estáveis entre pessoas do mesmo sexo, o Supremo Tribunal Federal foi claro e definitivo e leis, nesse país, e decisões do Supremo existem para serem cumpridas e nós temos que cumprir essa que declarou que a união estável de pessoas do mesmo sexo garante todos os direitos civis", disse.

"Tanto que é assim que nós, imediatamente após a decisão do Supremo, adotamos todos esses princípios para os funcionários públicos federais. Essa é uma questão que não está em discussão", afirmou a candidata. 
 
O candidato do PSDB, Aécio Neves, irritou-se ao ser questionado sobre o assunto. "Não era a minha vez de falar, não tinha como responder no debate, por isso, estou me manifestando para você aqui."
 

"Aparelho excretor"

Levy afirmou que gays precisam de atendimento psicológico "bem longe daqui". As declarações foram dadas após pergunta da candidata Luciana Genro (PSOL), que citou a violência a que a população LGBT é submetida e indagou Levy sobre os motivos pelos quais os que "defendem a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo."

"Aparelho excretor não reproduz (...) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar", afirmou.

Uol


AÉCIO DETONA DILMA NO DEBATE DA RECORD !

 ​" ​- Não é possível que a senhora não tenha ainda pedido desculpas pela corrupção na Petrobras – provocou Aécio Neves (PSDB), a certa altura do debate entre os candidatos a presidente da República promovido, ontem à noite, pela Rede Record de Televisão.

Dilma (PT) olhou para Aécio de cara feia. Antes que ela respondesse, Aécio voltou a provocar:

- Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando.

Aí Dilma não se conteve:

- Fui eu que autorizei a Polícia Federal a prender Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento da Petrobras] e os doleiros [um deles Alberto Yousseff].

- Não é a senhora que manda a Polícia Federal prender. A Constituição garante a autonomia da Polícia Federal –devolveu Aécio.

Foi o melhor momento do debate. E o pior momento de Dilma, que mentiu. A Polícia Federal atuou sem o seu conhecimento

Teve outro momento também muito ruim para Dilma. Novamente foi quando Aécio a criticou – dessa vez por ter ido à sede da ONU em Nova Iorque fazer a apologia do seu governo.

- A senhora sugeriu lá que se negociasse com cortadores de gargantas [terroristas do Estado Islâmico que degolam prisioneiros e estrupam mulheres].

Dilma pareceu surpresa com o comentário.

As regras do debate permitiram que os candidatos trocassem disparos e exibissem seus pontos fortes e fracos.

Recomenda-se a Dilma e a seus correligionários que façam tudo para que a eleição termine no próximo domingo. Porque se não terminar ela correrá o risco de a passar por novos apertos.

Os candidatos que se enfrentarem num eventual segundo turno debaterão entre si pelo menos meia dúzia de vezes. Debate não é a praia de Dilma. Não é mesmo.




​Obs.-​

​"A Polícia Federal, de acordo com o artigo 144, parágrafo 1º, da Constituição Federal, é instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira​.​

​"... são atribuições da Polícia Federal, definidas em outras leis e decretos:​



​Repressão ao desvio de recursos públicos;

​Investigar e reprimir os crimes políticos;

​Investigar e reprimir o crime de lavagem de dinheiro​..."​

http://pt.wikipedia.org/wiki/Departamento_de_Pol%C3%ADcia_Federal


​​https://www.youtube.com/watch?v=dfVdmdHBg74​