quinta-feira, 27 de agosto de 2015

STF vê fragilidade 'sem precedente' de Dilma após TSE abrir ação de cassação

Nunca antes Ministros do STF e o Palácio do Planalto reagiram com perplexidade diante da abertura da ação de cassação de mandato contra Dilma Rousseff pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ministros do Supremo que não atuam na Justiça Eleitoral avaliaram que a fragilidade política de Dilma é “sem precedentes”. A cozinha do governo foi pega de surpresa com a maioria pró-investigação, apesar de a ministra Luciana Lóssio ter pedido vista –prazo com o qual auxiliares da presidente contavam.
 
Como assim? O pedido de Henrique Neves para antecipar seu voto mesmo com o pedido de prazo enfureceu o entorno de Dilma. Palacianos lembravam que, há pouco tempo, o ministro estava em campanha ostensiva para ser reconduzido ao TSE.

Importação As primeiras providências da ação de cassação devem ser solicitar material da Operação Lava Jato, de onde ministros acreditam que podem vir provas de crimes eleitorais da petista.

Corrida Senadores da oposição esperam que o avanço da ação no TSE constranja Rodrigo Janot a acelerar a investigação paralela à do TCU das contas do governo em 2014. Por isso insistiram no tema na sabatina.

Ah, é? Os tucanos se disseram surpresos com a informação dada pelo procurador-geral da República de que está esperando informações da Presidência sobre o caso.

Em família Houve receio de que o procurador “perdesse a cabeça” quando Fernando Collor (PTB-AL) citou o irmão dele. Assessores achavam que Janot poderia devolver na mesma moeda e mencionar familiares do senador.

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Ajuste fiscal Antes da arguição, Janot ficou 25 minutos numa sala no fundo da comissão, sem água nem café. Assessores do Senado se desesperaram e tentaram arrumar algo, mas o procurador passou o período a seco.

Lá fora A CPI da Petrobras articula para ser parte em investigação sobre a estatal que corre nos Estados Unidos.

Je ne… Em encontro com Geraldo Alckmin, no Bandeirantes, nesta quarta-feira, Nicolas Sarkozy perguntou como o governador paulista vê o possível processo de impeachment de Dilma.

… sais pas O ex-presidente da França ouviu do tucano apenas um diagnóstico neutro: que qualquer mudança política deve acontecer dentro dos parâmetros legais.

Fagulha Um dos motivos que levaram a oposição a baixar o tom sobre o impeachment foi a sensação de que reuniões públicas frequentes criavam muita fumaça e pouco fogo. “Sem holofote é muito mais fácil articular”, diz um deputado tucano.

Vapt-vupt O parecer da senadora Fatima Bezerra (PT-RN) na CCJ pela aprovação de Marcelo Navarro, indicado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para o STJ, foi feito em um dia.

Às falas A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia aprovou convite ao secretário Alexandre de Moraes (Segurança Pública) para falar sobre a chacina que matou 18 pessoas na semana passada em Barueri e Osasco.

Ser ou… Pedro Barciela, um dos responsáveis pelo perfil “fake” Haddad Tranquilão no Facebook –sátira positiva da gestão petista–, foi nomeado administrador de parque 3 na Secretaria do Verde, em julho de 2014.

… não ser? Barciela não consta na lista de servidores no Portal Transparência da administração municipal. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, ele nunca assumiu o cargo “para evitar conflito de interesse”.

Revoada Tratada como evento nacional, com a presença de caciques tucanos, a filiação do governador Pedro Taques ao PSDB deve ser acompanhada por cerca de 40 prefeitos de Mato Grosso.

TIROTEIO
A presidente Dilma não sabia do petrolão, não sabia da crise, não sabia de nada. Será que ela sabe que é presidente?
DE BRUNO ARAÚJO (PSDB-PE), líder da minoria na Câmara, sobre a presidente ter admitido que demorou a reconhecer a gravidade da crise econômica.

CONTRAPONTO
Sua casa, minha vida 
Dias depois de asfaltar uma avenida em Mogi das Cruzes, o prefeito Marco Bertaiolli visitou a região. Ao descer do carro, uma moradora o abordou:
–Prefeito, depois que o senhor asfaltou, os carros passam em alta velocidade e ainda vamos ver uma criança atropelada. Precisamos de uma lombada! –cobrou.
Quando ele ia responder, outra moradora disse:
–Assim não dá, prefeito. O senhor tem de asfaltar minha rua também. Não aguento mais tanta terra e poeira.
–Tenho a solução que resolverá o problema das duas: troquem de casas! –respondeu o prefeito, provocando gargalhada geral e quebrando o clima de protesto.

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