segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Com PT no comando do Senado, líder da oposição fala em adiar PEC do Teto

Tem gente que não aprende mesmo!!!
Sérgio Lima - 2.mar.2015/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 02-03-2015: Sen. Lindberg Farias (PT/RJ) cobra para que a presidente Dilma fale sobre os projetos para crescimento do país e não retire os direitos dos trabalhadores nos projetos de ajustes fiscais. (Foto: Sergio Lima Folhapress - PODER)
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

Minutos após a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros da Presidência do Senado, o líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), defendeu nesta segunda-feira (5) o adiamento da conclusão da votação da proposta que congela os gastos federais por 20 anos, prioridade legislativa do governo de Michel Temer em 2016.
Aprovada em primeiro turno no dia 29, a PEC tem a votação em segundo turno marcada para a próxima terça-feira (13), último passo necessário para a sua promulgação. 
A análise do projeto de abuso de autoridade também deve ser adiada. 
"Vamos levar esse pleito ao novo presidente do Senado, nosso pleito é que ele não coloque para votar", disse Lindbergh, se referindo ao substituto de Renan, o também petista Jorge Viana (AC), primeiro vice-presidente do Senado. "Tenho certeza de que a gente pode impedir a votação desse projeto, que é destruidor para os trabalhadores", acrescentou o líder da oposição. 
A primeira reação da base aliada de Temer, porém, é afirmar que o cronograma está mantido, com ou sem Renan. "Não tenho preocupação com a votação da PEC. Houve acordo de todos os líderes, com a participação de todos eles", disse o líder do governo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). 
Lindbergh também afirmou que não será votada nesta terça (6) o projeto de abuso de autoridade, defendido por Renan. 
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), também disse que pode haver adiamento da votação da PEC do Teto e do projeto de abuso. 
"Essa decisão nos pegou de surpresa. O vice [Viana] terá que assumir enquanto o pleno do STF não tiver decisão definitiva. Gera uma dificuldade política muito grande. Estávamos com a pauta definida, sem convergência de ideias. Certamente haverá disputa em torno dessa pauta", afirmou costa. 
Sobre os dois projetos, emendou: "Não há nenhuma decisão que não possa ser mudada. Jorge Viana vai conversar e discutir o que fazer. Se já não havia clima para abuso de autoridade, agora fica mais difícil." 
Os senadores também demonstraram perplexidade com a decisão de Marco Aurélio. O líder do governo, por exemplo, disso não considerar bom que um presidente do Senado seja afastado por decisão liminar, ou seja, ainda não definitiva. 
No caso do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso, o afastamento também se deu forma liminar, por decisão do ministro Teori Zavascki. Essa decisão, contudo, foi confirmada no mesmo dia pelo pleno do Supremo Tribunal Federal.

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